A justiça, ética e moralidade são qualidades unicamente humanas
É possível identificar no âmbito da Ética do Móvel dois campos de definição do valor. O primeiro é o subjetivismo idealista, que reconhece a definição do valor como um processo puramente individual e subjetivo, decorrente de uma vivência espontânea pessoal.
Consequentemente, recusa a ideia de que as propriedades do objeto (naturais e sociais) podem determinar a atitude valorizadora do sujeito. Dentro desta tradição podem ser situados, por exemplo, Hobbes e Scheler.
O segundo é o objetivismo dialético para o qual os valores são criados por um homem social e histórico. Dessa forma os valores são criações humanas em um mundo social e historicamente determinado; existem e se realizam no homem e pelo homem. O homem é concebido como um indivíduo que pertence a uma época e, como ser social, se insere sempre na rede de relações de determinada sociedade; encontra-se igualmente imerso em uma dada cultura, da qual se nutre espiritualmente; e a sua apreciação das coisas ou os seus juízos de valor se conformam com regras, critérios e valores que não inventa ou descobre pessoalmente, mas que constrói socialmente .Dentro desta tradição podem ser situados, por exemplo, Sartre e Marx.
As concepções da Ética fizeram-se presente ao longo da história do mundo ocidental. Foram constantemente reelaboradas em função dos contextos históricos, isto é, das configurações produtivas, sociais, políticas e culturais em permanente transformação. Compreendê-las demanda, portanto, partir da identificação das características históricas de cada grande período histórico.
EXEMPLO: O Mundo Antigo Ocidental e a Ética
O Mundo Antigo Ocidental articulou-se a partir de uma formação social e econômica escravista. Esta realidade não impediu que transformações profundas fossem operadas. Na passagem do século VI a. C. para o século V a. C. a Grécia apresentou uma forma de organização social e política original. As