a irrigação por pivo central
W. A. de ANDRADE2; E. P. de FREITAS3
RESUMO: A segurança alimentar depende da agricultura irrigada e esta é a maior usuária de recursos hídricos, levando-nos a concluir que conhecer a distribuição geográfica das áreas irrigadas é fundamental na gestão de tais recursos. A região Sudeste apresenta a maior demanda de água no Brasil, com a maior produção agrícola e a maior área irrigada, destacando-se os pivôs centrais no estado de Minas Gerais. A confiabilidade destas informações é precária e referem-se a grandes extensões territoriais, tendo como opção à obtenção de dados mais consistentes a utilização do sensoriamento remoto e como entraves algumas dificuldades técnicas e financeiras. O Google Earth soluciona parte destes entraves, sendo que o presente trabalho teve como proposta utilizá-lo para identificação, caracterização e cadastramento de áreas irrigadas por pivô central em Minas Gerais, resultando em 4607 áreas totalizando 295059,76 ha, com maio número no município de Paracatu (598 áreas) e maior extensão em Unaí (42846,04 ha). Dados disponíveis na literatura referentes a 2010 indicam 4432 áreas ocupando 303368 ha, com 570 áreas em Paracatu e 44258 ha em Unaí, ratificando a funcionalidade do método, aplicado anteriormente em São Paulo.
PALAVRAS-CHAVE: SIG, recursos hídricos, sensoriamento remoto.
INTRODUÇÃO
O Plano Nacional de Recursos Hídricos considera que 69% da água consumida no Brasil tem utilização na agricultura irrigada, com eficiência média de 64% (BRASIL, 2008). Mesmo com as novas tecnologias, modernos equipamentos e técnicos especializados, tem-se avançado lentamente nas questões do manejo da irrigação e do uso racional da água.
Paulino et al. (2011) apresentam a região Sudeste como a de maior área irrigada no Brasil, com o método pivô central representando 24% do total (395590 ha). Minas Gerais prepondera a aspersão, com os pivôs centrais