A Invenção da Infância - Resumo
Todo o pensamento da sociedade contemporânea tem por referência a separação entre o mundo dos adultos e das crianças. A singularidade de um direito reservado à infância e à juventude nem sempre existiu. Não se reconhecia a peculiaridade da condição de criança e as necessidades que adviriam desse reconhecimento (saúde, educação, cuidados especiais...). A dependência econômica marcava a idéia de infância: "Só se saía da infância ao se sair da dependência". O sentimento de infância pode ser entendido em dois momentos distintos: primeiro, a partir da ideia de paparicação em que a criança é vista como um ser lúdico, capaz de gracejos, engraçadinha; e, um segundo, como se verá, em que a formação moral da criança deve ser garantida por meio da educação, da saúde e do bem estar físico. Devido ao alto índice de mortalidade que estimulava a idéia de que era preciso ter vários filhos para se salvar alguns. Após o período dos primeiros cuidados, a criança era vestida como homens e mulheres de sua condição social. No século XVIII, preocupou-se em encontrar um traje adequado à sua condição, situação que manifestaria a distinção de adultos e crianças. A partir do século XVII, a consequência foi à distinção entre os jogos de adultos e de crianças, abandonando-se aquelas brincadeiras e jogos que dividiam o espaço da criança ao do adulto. A ação dos colégios, a partir do século XVII, pretendeu evitar que a criança se inserisse no mundo dos adultos, refletindo a sensibilização à fragilidade da infância e à necessidade da criança se desenvolver moral e intelectualmente (século XVII), a divisão das classes de alunos pelas suas idades. O surgimento de sentimento de infância associa-se ao fortalecimento da família. Desse modo, gera-se um sentimento de proteção, cuidado e atenção à criança. O reconhecimento do sentimento de infância é o algo novo que surge para redefinir as