A integralidade na pratica
A integralidade na prática
(ou sobre a prática da integralidade)
Comprehensiveness in practice
(or, on the practice of comprehensiveness)
Ruben Araujo de Mattos
1
Abstract
1 Instituto de Medicina
Social, Universidade do
Estado do Rio de Janeiro,
Rio de Janeiro, Brasil.
Correspondência
R. A. Mattos
Instituto de Medicina Social,
Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Rua São Francisco Xavier
524, 7 o andar,
Rio de Janeiro, RJ
20559-900, Brasil. ruben@ims.uerj.br Introdução
This article reflects on the manifestations or signs of comprehensiveness in health practice, seeking to facilitate recognition of experiences that are advancing in this direction and allowing them to be analyzed subsequently. The article is also intended to spawn increasing involvement by actors in practices based on comprehensiveness. The point of departure is the principle that what characterizes comprehensiveness is an expanded grasp of the needs and ability to recognize the adequacy of the health care supply in the specific context where the subject meets the health team; in addition, to foster comprehensiveness means defending the notion that health actions be attuned to the specific context of each encounter.
O termo integralidade tem sido usado para designar um dos princípios do Sistema Único de
Saúde (SUS). Mais do que isso, ele expressa uma das bandeiras de luta do chamado movimento sanitário. De certo modo, ele tem funcionado como uma imagem-objetivo, ou seja, como uma forma de indicar (ainda que de modo sintético) características desejáveis do sistema de saúde e das práticas que nele são exercidas, contrastando-as com características vigentes (ou predominantes). Mas caberia perguntar: integralidade segue sendo uma noção (ou um conjunto de noções) útil para identificar certos valores e características que julgamos desejáveis no nosso sistema de saúde? Ele ainda segue sendo um bom indicador da direção que desejamos