Cidades em Globalização: O Consumo serve para pensar
Cidades em Globalização: O Consumo serve para pensar
O capítulo se inicia com a seguinte pergunta “o que significa o consumo”? O autor responde da seguinte maneira: O consumo é o conjunto de processos socioculturais em que se realizam a apropriação e os usos dos produtos. Mas, segundo Manuel Castells, o consumo é o lugar onde os conflitos entre classes, originados pela desigual participação na estrutura produtiva, ganham continuidade em relação à apropriação e distribuição de bens. Porém, devemos admitir, também, que no consumo se constrói parte da racionalidade integrativa e comunicativa de uma sociedade.
Os autores enxergam o consumo como um processo ritual cuja função primária consiste em dar sentido ao fluxo rudimentar dos acontecimentos. Para eles, comprar objetos, pendurá-los ou distribuí-los pela casa acaba assinalando um lugar de ordem além de atribuir funções na comunicação com os outros – são recursos para se pensar o próprio corpo e as interações incertas com os demais. Segundo Douglas e Isherwood consumir é tornar inteligível um mundo onde o sólido se evapora. Por isso, as mercadorias além de serem úteis para expansão do mercado, reprodução da força de trabalho e para nos distinguirmos dos demais e nos comunicarmos com esses, elas servem para pensar! E é nesse jogo entre desejos e estruturas que as mercadorias e o consumo servem também para ordenar politicamente cada sociedade. O consumo é um processo em que os desejos se transformam em demandas e em atos socialmente regulados.
Vivemos, hoje em dia, num tempo de fraturas e heterogeneidade, de segmentações e comunicações fluidas dentro de cada nação. Mas, em meio a essa heterogeneidade os seres humanos encontram códigos que os unificam. Porém, esses códigos são cada vez menos os de etnia, de classe ou nação que nascemos. O que vemos hoje em dia são comunidades internacionais de consumidores.
O autor coloca, porém que não são as estruturas dos meios (rádio, tv ou vídeo)