a instituição da repiblica
Para os positivistas, o governo é uma questão de competência, do saber científico positivo, prático e objectivo. Porém, na nova sociedade proposta por eles, o individualismo (e o liberalismo) seriam limitados, os actos da vida regulados e a liberdade moral severamente reprimida, pois seria incompatível com a ordem social.
Ao contrário dos bacharéis do Império (advogados, literatos, jornalistas), criticados pelo seu saber supérfluo, a ciência positiva incentivaria a criação de uma nova elite de profissionais: cientistas, médicos, engenheiros, militares, administradores, arquitectos e urbanistas, cheios de vontade de executar projetos práticos, que iriam propor e experimentar novas concepções sobre a sustentabilidade no Brasil baseadas na ideia do progresso. Após a criação da república no país, em 1889, decisões com enormes consequências sobre as pessoas passariam para o controle desta nova burocracia científico-tecnológica, formada por estes profissionais.
Mesmo assim o positivismo não era homogêneo no governo republicano. No início da República no Brasil, participaram três correntes de opinião: liberais, positivistas e militares sem vinculação doutrinária. No entanto, os positivistas acabaram sendo afastados das decisões mais importantes do novo governo, muito embora algumas das suas teses tenham persistido até hoje, como a defesa da