A inserção do deficiente no mercado de trabalho
A inclusão de deficientes no mercado de trabalho deixou de ser discutida apenas pelas entidades assistenciais. Atualmente, o assunto tornou-se freqüente e aos poucos, fazendo parte de discussões de programas de políticas públicas do governo, empresas e entidades de qualificação profissional. Este trabalho foi realizado em uma empresa de mineração, onde a partir de 2006, iniciou-se depois de estudos de viabilidade, o processo de contratação de empregados deficientes. Em cumprimento à legislação e baseando-se em um de seus valores – a diversidade, a empresa implantou o projeto “Abrangente” (ANEXO I), com a participação de uma equipe interprofissional interna e parcerias com órgãos externos especializados na inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Então, a partir da implantação do projeto, analisamos o grau de responsabilidade social da empresa, bem como seu preparo para receber e adaptar seus empregados sem ou com algum tipo de deficiência, tornando-se inclusiva, indo além daquilo que determina a legislação. Mesmo com a existência de leis, a inclusão de deficientes no mercado de trabalho é um grande desafio, pois além do preconceito que ainda existe, os empregadores queixam-se da falta da mão-de-obra qualificada, uma vez que, muitos deficientes têm dificuldades na aprendizagem escolar. Poucos são os que concluem o segundo grau. No Brasil, existem cerca de quase 25 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, porém grande parte delas é mantida dentro de casa, pelas próprias famílias, seja por falta de informação, medo do preconceito alheio ou mesmo pela dificuldade de adaptação dos deficientes aos obstáculos encontrados na estrutura da cidade, muitas vezes, não planejada para receber estes cidadãos. Segundo o Instituto Ethos (2002) a inclusão das pessoas portadoras de deficiência (PPD’s), no mercado de trabalho proporciona principalmente, a aquisição de um componente fundamental para a construção e