A inserção das Mulheres nos Esportes de Combate
Introdução
Historicamente, a mulher foi perseguida dentro do esporte, sofrendo de maledicências, proibições e de preconceitos. Isto piora quando se envolvem com modalidades que apresentam características “masculinas”. O nosso intuito é mostrar que esse aspecto voltado à mulher se modificou com o passar do tempo, hoje as mulheres estão inseridas nas lutas tanto como atletas quanto professoras. A procura pela arte marcial está cada vez mais comum em academias e clubes, e a mulher busca o seu espaço quebrando a barreira do preconceito.
Mulheres nas Lutas
De acordo com Ferretti e Knijnik (2007), “genereficar”, isto é, colocar as coisas da vida na ordem dos gêneros, apondo normas, atitudes, símbolos e ações pertinentes aos sexos, é hierarquizar os valores numa ordenação que geralmente é bipolar e excludente. Entretanto, isto parece ser um processo corriqueiro e transcultural nas sociedades humanas. Ou seja, o gênero seria a construção cultural permanente daquilo que é considerado “de homem” ou “de mulher”.
A mídia, segundo Freitas (2000), geralmente não relaciona a mulher à força ou à energia. Pode-se observar isso em propagandas esportivas, que normalmente utilizam mais homens. Quando jogos femininos são retratados na mídia, o são de forma erotizada, no sentido de atrair o público masculino heterossexual. Em filmes de grande repercussão, mulheres que lutam têm sido retratadas de formas as mais diversas.
A divisão genereficada é patente no esporte. Existem práticas esportivas “masculinas” e “femininas”. Conforme Mourão (2002), as mulheres que praticam os esportes classificados para os homens são rotuladas de masculinas, e, para praticarem esses esportes, sofrem com o preconceito tanto de homens quanto de mulheres.
Outros modos que as atletas possuem para que a sua atividade seja aceita por elas mesmas e pelos outros, sem questionamentos quanto à sua feminilidade, é a contrariedade e mesmo a negação da luta