afirma ser interessante se definir e se posicionar acerca das diferentes nomenclaturas empregadas às práticas de combate e conhecer os conceitos das expressões: lutas, artes marciais, jogos de combate e esporte de oposição, entre outras utilizadas e familiarizar-se com a relação que existe entre estes conceitos é fundamental para o entendimento desta pesquisa. Segundo Correia (2009), o debate a respeito das diferenças, os limites e as especificidades de cada uma delas pode se tornar complexo devido às várias definições empregadas por diferentes autores. Os termos esportes de combate e jogos de combate são definidos como atividades de confronto que acontecem entre duplas, trios ou até mesmo em grupos com o objetivo de vencer o adversário, impor-se fisicamente aos demais, o respeito às regras e acima de tudo garantir a segurança dos colegas (SOUZA JUNIOR; Oliveira; Santos, 2010). Lorenzo et al. (2010) descrevem as lutas como práticas que possuem embates corporais, enquanto as artes marciais têm como significado método de guerra ou conjuntos de preceitos que um guerreiro deve ter e fazer uso. Estes destacam ainda que há nas artes marciais uma filosofia baseada em preceitos éticos, tais como: honra, lealdade, justiça e compaixão; preceitos estéticos como: a beleza, harmonia e fluidez das suas técnicas e golpes; as artes marciais quase sempre foram utilizadas como legítima defesa. Para Rufino e Darido (2009), o nome arte marcial está relacionado a questões holísticas e filosóficas, isto é, abrangendo outras concepções de corpo e movimento, diferentes daqueles atribuído à terminologia das lutas. Para Cazetto (2009), os termos lutas e artes marciais devem ser usados em conjunto, para que nenhuma possibilidade seja excluída, seja ela oriental ou ocidental, estando ou não ligada ao combate. Apesar de destacar que inúmeras práticas têm contextos socioculturais diferentes, possibilidades educacionais variadas além das especificidades de cada uma delas.