O Tribunal do Santo Ofício era uma instituição eclesiástica de caráter judicial, que tinha por principal objetivo julgar os hereges, ou seja, aqueles que ameaçavam as doutrinas católicas. É uma instituição que tem origem na Idade Média, de inicio a igreja era responsável pela punição espiritual, mas com o ocorrimento de mais heresias, o Papa Gregório IX, no sec. XIII criou a inquisição, apesar da idéia já existir anteriormente. O tribunal era um instrumento da igreja para julgar os hereges, podendo condenar até mesmo a pena de morte, em alguns casos, por exemplo, pessoas acusadas de bruxaria podiam ser até mortas na fogueira, mesmo pessoas inocentes que usavam ervas e objetos da época para tentar curar os doentes, eram considerados bruxos. Pessoas que iam contra as idéias da igreja também podiam pegar penas pesadas e até a pena de morte, por exemplo, os contestadores do geocentrismo (teoria que dizia que a terra era o centro do universo), que de acordo com a igreja era um fato, e mesmo com provas de que estava errado todos os que defendiam outro modelo eram forçados a se desculpar e admitir o geocentrismo como único e verdadeiro, caso contrário também podiam ser mortos na fogueira. A inquisição também foi responsável por grande parte das torturas medievais sendo usadas para interrogar ou em casos de endemoninhados, porém só podia ser feita com a aprovação do bispo diocesano e de uma comissão julgadora. Os suspeitos eram interrogados, e durante o interrogatório o objetivo era descobrir a culpa ou não do acusado, por meio de métodos que incluíam até a tortura, que para a época chegava a ser vulgar. O acusado quase não tinha chances de se defender, sendo quase sempre obrigado a admitir a culpa e mostrar arrependimento pelos atos dos quais foi acusado, e no caso de o culpado não se redimir o tribunal o deixava para que a autoridade secular o julgasse. No século XV a inquisição obrigava pessoas de outras religiões como judeus e mulçumanos a se converterem