CULTURA, FUTEBOL E COPA DO MUNDO
CULTURA, FUTEBOL E COPA DO MUNDO
O Brasil é detentor da imagem de “o país do futebol”. Essa nomenclatura se iniciou a partir da Copa de 1970, quando a equipe brasileira, comandada por Pelé, apresentou um futebol envolvente e agradável aos olhos do público. Entretanto, vale ressaltar que o país apesar de ser o maior campeão das copas do mundo, não é o país que onde se encontram os melhores times, a melhor organização, e nem a melhor estrutura para o esporte acontecer. Então será que a Copa do Mundo está realmente “voltando para casa”? E quais os impactos desse “retorno” ao ambiente econômico, cultural e escolar do país sede?
O futebol como sendo um esporte das massas gera visibilidade, essa visibilidade gera público e esse público gera um potencial de capital imenso. Assim sendo, grandes marcas e empresas, não só esportivas, investem para que seus produtos e/ou serviços sejam vistos e utilizados pelo grande público, com isso a economia de um país anfitrião de Copa do Mundo, como no caso do Brasil em 2014, é aquecida, e isso um fato positivo. Porém, essa economia que é alavancada é quase que exclusivamente de alguns setores, e os mais beneficiados são principalmente os da hotelaria, do turismo e da construção civil, resultando assim em um resultado custo benefício final insatisfatório, pois ao final do evento os hotéis que hoje cobram preços abusivos ficarão com sobras de vagas, e seus funcionários que comemoram os novos empregos não têm a certeza que estarão ainda empregados depois de Julho. O turismo que está se sobressaindo nas cidades sedes, certamente serão “esquecidas” como futuros pontos turísticos. E por falar em esquecidos, o que dizer dos novos e bilionários estádios, que estão em pontos onde o futebol local ao menos tem times que disputam os principais campeonatos do Brasil? Esses “monumentos arquitetônicos” simplesmente ficarão ao leo.
Em um país de vasta extensão territorial a pluralidade cultural é quase que infindável.