A influência feminina
Evangelho de Matheus
Do seu autor, este livro nada diz; mas a mais antiga tradição eclesiástica atribui-o ao apóstolo Mateus, um dos Doze, identificado com Levi, cobrador de impostos (9,9-13; 10,3). Pelo conhecimento que mostra das Escrituras e das tradições judaicas, pela força interpelativa da mensagem sobre os chefes religiosos do seu povo, pelo perfil de Jesus apresentado como Mestre, o autor deste Evangelho era, com certeza, um letrado judeu tornado cristão, um mestre na arte de ensinar e de fazer compreender o mistério do Reino do Céu, o tesouro da Boa-Nova anunciada por Jesus, o Messias, Filho de Deus.
Desde sua primeira parte, o Antigo Testamento, e muito mais explicito na sua segunda parte, o Novo Testamento, a mulher sempre foi elevada ao seu valor e dignidade, pois em momento algum Deus a fez menor do que o homem. Esta série de artigos que estamos iniciando visa destacar a importância da mulher no contexto dos evangelhos. Ela sempre se faz presente e torna-se tão proeminente quanto qualquer homem, pois jamais foi tratada apenas como figurante ou personagem secundário, mas em muitos e os mais diversos momentos tornou-se personagem central dos acontecimentos.
Escolhi iniciar por estas mulheres que foram curadas por Jesus, pois como sabemos os milagres de Jesus jamais foram ao acaso ou ocasionais, mas sempre tiveram o propósito de manifestar claramente sua divindade. Deste modo, ao curar estas mulheres, Jesus as coloca como instrumento de proclamação de que Ele era muito mais do que apenas um grande mestre, mas o Senhor e Cristo com toda autoridade e poder.
- A sogra de Pedro (Mt 8.14,15; Mc 1.30,31; Lc 4.38-39). Esta foi a primeira mulher a ser curada por Jesus. É tão relevante este acontecimento que os três evangelistas sinóticos registraram e assim o preservaram para todos os seus leitores. Os textos evangélicos não indicam que ela tenha expressado pessoalmente sua fé em Cristo, mas a fé de seus familiares incluindo