A influência de Darwin na Psicologia
• O enfoque na psicologia animal, que formou a base da psicologia comparativa;
• A ênfase nas funções e não na estrutura da consciência;
• A aceitação da metodologia e dos dados de diversas áreas;
• O enfoque na descrição e mensuração das diferenças individuais.
A teoria da evolução suscitou a intrigante possibilidade da continuidade do funcionamento mental entre os humanos e os animais inferiores. Se a mente humana fosse uma evolução das mentes mais primitivas, então será que haveria semelhanças entre o funcionamento mental dos animais e dos homens? Dois séculos antes, Descarte insistira haver uma diferença entre o funcionamento humano e o animal. Agora a questão volta à tona.
Os psicólogos perceberam a importância do estudo do comportamento animal para a compreensão do comportamento humano e concentraram a pesquisa no funcionamento mental dos animais, introduzindo um novo tópico no laboratório de psicologia. A investigação da psicologia animal viria exercer grande impacto do desenvolvimento da área.
A teoria provocou também uma mudança no objeto de estudo na meta da psicologia. O enfoque da escola de pensamento estruturalista era a análise do conteúdo da consciência.
O trabalho de Darwin inspirou alguns psicólogos que trabalhavam nos Estados Unidos a analisarem as funções da consciência. Para alguns pesquisadores, esse enfoque pareceu mais importante do que a descoberta de qualquer elemento estrutural da consciência. E assim, gradualmente, à medida que a psicologia se dedicava mais ao estudo do funcionamento do ser humano e dos animais na adaptação ao seu ambiente, a investigação detalhada dos elementos mentais, iniciada por Wundt e Titchener, perdia o seu apelo.
As ideias de Darwin influenciaram a psicologia, ampliando os métodos que essa nova ciência passara a usar com legitimidade. Os métodos empregados no laboratório de Wundt, em Leipzig, foram derivados principalmente da fisiologia, mais especificamente dos