A influência da oralidade na escrita
“A investigação foi feita tendo como modelo a pesquisa de Zorzi (1998) sobre a apropriação do sistema ortográfico, realizada em escolas particulares de São Paulo em turmas de primeira à quarta séries, com um número de 514 crianças. A escolha das escolas se deu a partir do critério “condições ideais de aprendizagem”, (...) as escolas apresentavam condições pedagógicas favoráveis. Diz Zorzi (op. cit, p.30): “A escolha destas escolas teve a pretensão de evitar que problemas relativos ao desenvolvimento de uma nova linguagem, assim como possíveis desvios metodológicos, pudessem ser atribuídos exclusivamente a fatores sociais, econômicos ou pedagógicos”.”
“percebemos que a chegada da Fonoaudiologia na escola foi vista pelo corpo docente como a “solução” dos problemas de linguagem escrita das crianças. Devido ao número crescente de crianças encaminhadas para avaliação fonoaudiológica e (...), ao avaliarmos um pequeno percentual delas, de que as maiores dificuldades apresentadas se davam pela influência da oralidade na escrita e não por “trocas pedagógicas” ou “trocas auditivas”, resolvemos realizar o presente estudo para, através da análise dos resultados apresentados a seguir, demonstrarmos para a equipe pedagógica do CIEP quais são as reais dificuldades do alunado.”
“A classificação dos erros ortográficos utilizada para nossa pesquisa é a mesmade Zorzi, considerando-se os erros causados pelos seguintes tipos de causas: representações múltiplas; apoio na oralidade; omissões; junção-separação; confusão de am com ão; generalização; trocas surdas/sonoras; acréscimos; letras parecidas; inversões; e outras alterações.(...) consideramos importante acrescentar dois novos tipos: uso inadequado ou ausência de acentuação/hífen; e a ocorrência de erros por influência da oralidade mais alguma outra alteração