A influência da moda como produto cultural na identidade
Em algum momento da vida nós já tivemos que nos descrever. E a pergunta subjetiva sobre quem somos e como e dá nossa relação social é a mais complexa para escrever. Todos nós possuímos várias faces de identidade, mas alguma delas sobressai sobre as outras, é como tivesse um peso maior. E este sobressair é variável de acordo as situações e lugares, o que gera o confronto entre as vontades e liberdades individuais e o peso das estruturas sociais. O conceito de identidade teve sua origem na Grécia antiga, revestindo-se de diversas acepções, de acordo com o pensamento de cada época. Na modernidade, a identidade passou a ser compreendida como um produto do social. Segundo Goffman (1975) apud Nunes (1986), “a identidade estabelece os meios de categorizar as pessoas e o total de atributos considerados como comuns e naturais para os membros de cada uma dessas categorias”.
Desses atributos tem-se a noção de dois tipos de identidade: a identidade social virtual e a identidade social real. Por identidade social virtual entende-se aquela imposta pela sociedade, de acordo com as categorias e atributos esperados por esta, enquanto a identidade social real diz respeito ao que o indivíduo efetivamente prova possuir.
Goffman (1975) define o termo “identidade pessoal”, da seguinte forma: unicidade, referente à unidade da identidade e particularidade pertencentes a um indivíduo e que, portanto, não se encontra presente de igual forma em nenhum outro, constituindo, assim, uma história contínua e única da fatos sociais.
A identidade pessoal distingue-se da identidade do eu na medida em que esta “é uma questão subjetiva e reflexiva que deve necessariamente ser experimentada pelo indivíduo cuja identidade está em jogo” (Goffman, 1975 apud Nunes 1986). Subtende-se na perspectiva de Goffman um sujeito preso ao tempo e ao espaço de forma definitiva: presente, passado e futuro numa visão continuísta.
Nesta visão o