A influência da maternagem no desenvolvimento intelectual e afetivo na criança
A proposta inicial deste trabalho é sublinhar a multidimensionalidade que perpassa pela história do desenvolvimento da criança e seu relacionamento maternal a partir de discussões teóricas, concentrando a atenção em questões da maternagem, na importância da construção psíquica da criança, ou seja, faz-se referência em suas conseqüências aparentes e profundas mostrando o importante papel da mãe nas fases inicias do crescimento da criança. O trabalho desenvolvido tem como referencial a teoria que embasa as etapas deste estudo, o interesse em investigar o tema está na possibilidade de reflexões que possam ser úteis ao trabalho de educadores e de psicólogos clínicos, particularmente, no que se refere à escuta e orientação de pais. Buscamos a partir da reflexão teórica sobre a importância da dimensão da mãe no desenvolvimento e constituição da criança, com referência ao seu comportamento afetivo e crescimento intelectual. A opção de detalhar o percurso funcional da mãe paralelo ao desenvolvimento da criança implica dar relevância à percepção e interpretação dos atores (mãe e filho), os quais, das suas relações e atitudes podem interferir na construção intelectual e afetiva do sujeito. O tema que fundamenta esta dissertação contempla a conjugalidade entre mãe e filho e os aspectos psicológicos envolvidos neste relacionamento, o qual gerou a seguinte questão: como a maternagem se constitui na relação entre parentais? Nosso argumento é de que essa dada interferência pode se tornar um recurso de prevenção dos problemas internos e externos ao equilíbrio familiar.
1. Maternagem
A constituição do sujeito perpassa pela sua criação, trata-se de uma particularização que traz consigo a idéia de que algo da ordem do infantil deve ser preservado e mantido, portanto, subjacente à visão da infância como um adulto em potência, logo, merecedor de um olhar “especializado” e de uma