A influencia da relação com os pares na adolescencia

A influência das relações com os pares

A escola é o principal contexto no qual o individuo desenvolverá vínculos com seus pares (Claes, 1985; Sprinthall & Collins, 1994 apud Peixoto, 2003). Podemos pensar que se a escola não tivesse esse papel socializador, seria dispensável tantas horas dentro dela, visto que ela seria apenas uma instituição de avaliação de capacidades adquiridas de qualquer forma (estudos em casa, por exemplo). Vamos analisar um pouco essas relações a seguir.
É inegável a influencia exercida pelos pares - principalmente na adolescência - no jeito de pensar, falar e agir dos jovens (Berndt, 1999a, b apud Peixoto, 2003). Essa influencia pode ser positiva ou negativa - os estudos se focam principalmente no segundo tipo (Engels e Bogt , 1999 apud Peixoto, 2003). Por mais que estudiosos tendam a ressaltar esses aspectos negativos, não deve ser deixado de lado a necessidade dessas relações igualitárias, nas quais o adolescente encontrara suporte para passar pelos desafios dessa fase com sucesso, fazendo as experimentações necessárias para seu desenvolvimento saudavel. (Alves Martins, 1998; Gouveia Pereira, 1995; Kirchler, Palmonari & Pombeni, 1991; 1993; Palmonari, Pombeni & Kirchler, 1990; 1992 apud Peixoto, 2003).

É na adolescência que se passa maior tempo com os pares, começam as relações de cunho amoroso (Collins e Repinski, 1994 apud Peixoto, 2003) - sendo a escola o primeiro ambiente que que os adolescente sentem-se suficiente livres para realizar algumas de suas vontades. Tambem vale a pena ressaltar os estudos de Buhrmester (1990), que mostram uma relação direta entre os níveis de autoestima e bem estar do adolescente e da quantidade de suas relações intimas (nas quais os sentimentos de valorização mutua e cumplicidade estão presentes). Essa relação pode estar ligadas ao fato do adolescente se sentir acolhido e melhor entendido na relação com outros de sua idade. Seus estudos tambem mostram que essas relações intimas são mais