Teoria da vinculação
Não há qualquer dúvida que o ser humano procura, desde o inicio de vida, estabelecer um vínculo com um adulto. A vinculação, pode ser definida como a relação privilegiada que a criança estabelece com a figura materna, ou um substituto, e que se desenvolve de acordo com uma capacidade de procura de relação, pela criança, e da capacidade de resposta relacional adequada pelo cuidador principal (Matos, citado por Calado, 2008).
Bowlby (1969) observou que interrupções na relação mãe - criança, são precursoras de uma posterior psicopatologia, aparecendo um padrão de respostas em crianças quando separadas da mãe: protesto de separação, seguido de desespero e depois de desligamento, em que as crianças se tornam menos expressivas emocionalmente, notando-se uma falta de alegria e de entusiasmo. Todas estas observações demonstraram como as crianças experimentam as separações com as mães como uma ameaça fundamental ao seu bem-estar (Kobak, citado por Calado, 2008), e de como as relações de vinculação assumem uma importância fundamental na vida psíquica das crianças.
As relações de vinculação, que apresentam características diferentes das relações sociais, são definidas em termos de quatro componentes: procura de proximidade, porto de abrigo, protesto de separação e base segura,