A indústria transformadora do pescado
Esta indústria está associada à produção alimentar, e por isso, é importante para o abastecimento da população uma vez que o povo português tem mencionado o peixe na base da sua alimentação. Nos últimos anos, a indústria transformadora dos produtos da pesca e aquicultura têm evidenciado uma tendência de crescimento tanto a nível de produção como a nível de vendas.
No subsetor das conservas e preparados, a produção baseia-se na sardinha, atum e cavala, sendo a sardinha o produto mais exportado e o atum o mais consumido no mercado interno devido ao seu baixo custo, causado pela diminuição do preço das matérias-primas como o azeite. Este mesmo subsetor, que tem vindo a ter uma importância crescente no mercado nacional ao mesmo tempo que aposta na exportação, é um dos mais importantes pela imagem de tradição e bem-fazer e pelo seu peso na balança comercial dos produtos de pesca e aquicultura.
O subsetor mais recente desta indústria transformadora é a preparação e transformação do mercado congelado, que tende a afirmar-se como um dos mais importantes. As fábricas de congelados distribuem-se por todo o território, mas concentram-se junto dos portos de pesca: Matosinhos, Aveiro, Peniche, Sines e Olhão. Os seus produtos – filetes, postas, marisco, preparações alimentares – são cada vez mais procurados pela sua adequação à atual forma de vida e à segurança alimentar que é proporcionada. Tem também um papel relevante na balança comercial uma vez que absorve uma boa parte da matéria-prima nacional, embora ainda recorra à importação.
O subsetor da salga e secagem é o segundo mais importante a nível nacional. As suas fábricas localizam-se sobretudo no centro, na Gafanha da Nazaré e em Ílhavo. Depende, quase exclusivamente, do bacalhau cujas quotas de pesca (quantia máxima de captura permitida em cada país da EU, em função da sua espécie) são reduzidas. Portugal é o maior consumidor mundial de bacalhau salgado e seco,