A indústria patina
“Ninguém esperava retração tão forte da produção industrial em dezembro: queda de 3,5% em relação a novembro”.
Dezembro é o mês que tem gera menos lucros para indústria, por ser fim de ano e o mês de férias coletivas, porém, este foi considerado o pior mês desde 2008. O mau desempenho compromete o resultado do PIB de 2013 e carrega o baixo empuxo para o primeiro trimestre de 2014.
Tudo o que a indústria poderia ter do governo, ela conseguiu pouco ou muito. Obteve mercado interno, mesmo que o consumo somente cresça 5% a 6% ao ano, conseguiu câmbio (uma desvalorização cambial de 3,4% entre agosto e dezembro de 2013), redução de impostos, principalmente no setor de veículos, mobiliários, aparelhos domésticos, matérias de construção, etc.
A indústria não quis enfrentar mais concorrência com a abertura de mercado por meio de acordos comerciais, assim, o governo a atendeu, recusando negociações no âmbito da Área de Livre Comércio das Américas (Alca) e com a União Européia.
Mas, infelizmente, a indústria ainda patina, seu desempenho é considerado muito baixo, seu investimento é baixo e a inovação pior ainda. Segundo o governo, o que a indústria precisa é de uma política industrial, mas ela obteve sua política nas “reduções disso e daquilo” citado a cima, a economia brasileira é movida por recursos em máquinas, equipamentos e infraestrutura. No setor industrial, o investimento continua parado e ninguém sabe quando esse quadro começará a mudar.
O que realmente acontece é que não existe algum tipo de confiança da parte do governo nas empresas e muito menos as empresas confiam no governo, ambos têm uma visão muito ruim de cada um. O que parece permear tudo é certa deterioração do ambiente de negócios porque toda a política econômica está vulnerável.
As decisões da política industrial vêm sendo analisada lentamente, temporariamente, parcialmente e não abre espaço para o setor privado, esta tudo sujeito a incertezas, o baixo