Aço corten
Coloração, textura e durabilidade destacam o aço corten em projetos rústicos e contemporâneos
O início da década de 1930, a companhia norte-americana United States Steel Corporation desenvolveu um tipo de aço voltado especialmente para a indústria, que permitia a construção de vagões de trem mais leves. Comercializado sob o nome Cor-Ten, descobriu-se que o material resistia ao desgaste quando exposto ao ar. Ao ser aplicado na construção de um edifício nos Estados Unidos, o arquiteto Eero Saarinen deixou o aço corten aparente, mostrando que a ferrugem formada sobre ele era um revestimento atraente.
Segundo o arquiteto Ataíde Xavier, da Coppermax Painéis Arquitetônicos, de Taboão da Serra, SP, a diferença básica entre o aço comum e o aço corten é que, no primeiro, a camada de óxido é corrosiva, enquanto no seguinte ela é protetora. "Através da exposição atmosférica, o material desenvolve uma camada de óxido chamada pátina, que isola seu núcleo, proporcionando durabilidade de três a quatro vezes maior que os outros aços", observa.
Vale lembrar que a aplicação de verniz não é recomendada, visto que quando o aço corten é exposto à umidade, inclusive em áreas internas, ocorre o desprendimento da cobertura. Quanto ao armazenamento, é recomendado guardar face com face (pátina com pátina), evitando a presença de umidade entre os painéis para não manchá-los.
Beleza rústica
A Ferrous House parece ter sido feita sob medida para o ambiente no qual está inserida: uma área preservada, em meio à natureza. Porém, trata-se de um projeto que precisou aproveitar a fundação da residência abandonada com aço corten. A tarefa ficou a cargo do escritório Johnsen Schmaling Architects, de Milwaukee, no mesmo país.
Três lados do nível principal da casa foram envoltos com painéis de corten, cuja corrosão confere tonalidade que remete à rusticidade dos equipamentos rurais na área do pasto. A função do material é proporcionar mais privacidade ao interior da residência. Na