A indústria de software
Desde o início dos anos 90, a indústria brasileira de software vem procurando se estabelecer como um provedor mundial. Mas aqui no Brasil, infelizmente, é comum ouvir do governo insinuações de que as empresas locais não têm condições de atender suas demandas, ou mesmo que não oferecem as funcionalidades já disponíveis em um software desenvolvido no exterior e que não é possível esperar para que tais funcionalidades sejam aqui desenvolvidas.
Até há pouco tempo os nossos governantes enxergavam o hardware como principal componente da área de TI, relegando o software a um plano secundário. Uma possível explicação seria o fato de o hardware ser produzido em fábricas tradicionais, senda mais fácil de ser entendido, ou talvez o fato de que laboratórios com muitos computadores fazem mais vista do que um software entregue em um simples CD.
Entretanto, mesmo os menores projetos governamentais de informática são normalmente de proporções desafiadoras, implicando em uma complexidade intrínseca e orçamento elevado. Somando-se a isto a desarticulação entre as diferentes partes do governo, a priorização na aquisição de equipamentos e a falta de quadros que de fato dominam a TI, foi sempre igualmente desafiador sensibilizar este mesmo governo para os pleitos das empresas brasileiras de software.
Apesar de nossas associações empresariais defenderem como bandeira, já há muitos anos, que o governo utiliza seu poder de compra em favor das empresas brasileiras de base tecnológica, a “regra” estabelecida sempre foi de contratação de empresas multinacionais, que tomam conta de todos os aspectos do projeto de TI num movimento contínuo da diminuição do espaço ocupado pelas empresas de software que têm sua matriz no Brasil.
Como a indústria de software no Brasil está hoje?
O Brasil vem surpreendendo no mercado de software mundial, com o crescimento de nosso mercado de tecnologia. Depois de alçar ao Top 3 do