Qualidade da indústria de software no brasil
A indústria de software no Brasil continua imatura em termos mundiais, mesmo com alguns sinais de avanço. Empresas brasileiras formadas por técnicos, já que recursos para investimentos foram limitados ou inexistentes. Apesar de especialistas em suas áreas de atuação, negócios para a aplicação de software ou a concepção e o desenvolvimento de aplicativos, esses profissionais na maioria dos casos, conduziram suas empresas voltados aos clientes, com criatividade e inteligência, mas raramente observando com atenção o que estava acontecendo no mundo.
Segundo Ferrari, “o Brasil pode até se tornar uma das potências mundiais em software, desde que invista mais na qualidade dos processos”.
A qualidade precisa ser vista de outra forma, de empreendedor, e não de analistas da qualidade. Deve ser vista não sozinha, mas como um binômio qualidade-produtividade.
Hoje, no Brasil, temos acesso a todos os recursos disponíveis para a indústria de software mundial – metodologias, técnicas, ferramentas, modelos para aprimoramento de processos, tecnologias, equipamentos e meios de capacitação. Grande parte das empresas continua com uma visão interiorana, longe do crescimento e do mercado internacional. A consciência da importância da qualidade ainda não se consolidou. Para ilustrar, vale citar que empresas indianas ou americanas tendem a divulgar resultados de uma avaliação CMM/CMM-I somente caso esta aponte níveis 4 ou 5, enquanto no Brasil tenho observado empresas divulgando ter sido avaliadas como de nível 2.
Há gestores de empresas de software ainda que julgam elevados os custos de ferramentas, metodologias e acesso a recursos de capacitação. Não consideram fatos como o de uma desenvolvedora de aplicativos típica gastar entre 40% e 50% de seus recursos produtivos em retrabalho, de o conserto de um defeito no software liberado para o mercado chegar a custar de 50 a 200 vezes mais que o necessário para identificá-lo e corrigi-lo