A importância do brincar
Os anos iniciais do ensino têm como proposta a utilização do lúdico para o desenvolvimento pessoal e social da criança.
As propostas educacionais apontam para a importância, nos anos iniciais de escolarização, da utilização dos recursos lúdicos como forma de desenvolvimento pessoal e social da criança. A linguagem cultural própria da criança é o lúdico e é por meio desse elemento que a criança se comunica tornando-se um agente transformador, obtendo uma aprendizagem significativa, favorecendo a sua preparação para a vida, assimilando a cultura do meio em que vive, adaptando-se às condições que o mundo lhe oferece e aprendendo a competir, cooperar e a conviver como um ser social.
Para Huizinga (1980) o elemento lúdico está na base do surgimento desenvolvimento da civilização. Brincar é uma atividade universal, encontrada nos vários grupos humanos, em diferentes períodos históricos e no decorrer do desenvolvimento econômico. Evidentemente, as várias modalidades lúdicas não existem em todas as épocas e também não permanecem imutáveis através dos tempos. Embora o brincar tenha feito parte do cotidiano infantil, nem sempre lhe foi dada a devida importância.
Partindo-se de uma perspectiva histórica, desde a Antiguidade as crianças participavam de diversas brincadeiras como forma de diversão e recreação (WAJSKOP, 1995). Desde a pré-história tem se evidenciado, por meio de vestígios de brinquedos infantis, em várias culturas, e a presença de atividades lúdicas. No Egito e na Grécia, o lúdico também estava presente no dia-a-dia dos adultos, tendo em vista que era a família que educava os filhos ensinando ofícios da arte.
Como toda atividade humana, o brincar se constitui na interação de vários fatores que marcam determinado momento histórico sendo transformado pela própria ação dos indivíduos e por suas produções cultural e tecnológica. Os jogos e as brincadeiras são, assim, transformados