A Importância do brincar

No inicio do séc. XVI, a infância durava até que o menino ou a menina se casassem que seria por volta de 10 anos, não havia, então, separação entre infância, juventude, adolescência, idade adulta e velhice.
Por volta do século XII, à arte de retratar a infância era vista como se pintasse o adulto em miniatura. Estas imagens vão mudando a partir do séc. XIII com o aparecimento dos anjos e do menino Jesus nas obras de arte. A aparência das crianças foi ficando mais próxima do moderno, do atual. Nem de longe retratavam um sentimento de infância, pois, muitas vezes as crianças eram relegadas, deixadas de lado ou, eram entregues a amas ou outras famílias ainda pequenas para serem cuidadas.
O estudo de Áries mostra que houve dois sentimentos da infância na sociedade medieval: o primeiro sentimento é caracterizado pela “paparicação”, que não tinha o caráter de afeição e sim de ver a criança como um animalzinho de estimação. Elas eram bonitinhas, engraçadinhas, mas não faziam nenhuma falta. Caso elas morressem, o que acontecia muitas vezes, alguns pais ou parentes podiam ficar desolados, mas a regra geral era não fazer muito caso, pois uma outra criança logo a substituiria. O segundo sentimento surgiu como o advento das escolas. A preocupação era a de disciplinar e educar as crianças que até então aprendiam no meio dos adultos. Tratava-se de um sentimento inteiramente novo: os pais se interessavam pelos estudos dos filhos e os acompanhavam com uma solicitude habitual nos séc. XIX e XX, mas outrora desconhecida.
A partir desses séculos, o sentimento da família mudou, ela começou a se organizar em torno da criança e a lhe dar maior importância, porem não significa ainda que se lhe reconheça um lugar privilegiado na família. É importante lembrar que estamos nos referindo a um período do começo do século passado e, nos dias de hoje, percebemos sua mudança com grandes implicações tanto na família como na escola.
Elisabeth badinter, aprofunda seus estudos, na analise do