A importância da religião na sociedade romana
O homem é naturalmente religioso, sempre almeja o absoluto e busca a razão de sua existência naquele algo que não consegue compreender. Todos os povos da antiguidade desenvolveram esse sentimento religioso, e os romanos não fugiram a essa regra, eram politeístas, tinham deuses para todos os gostos e para todas as horas, ninguém saia de casa sem pedir a proteção ao seu deus ‘predileto’.
O romano antigo era também extremamente supersticioso, só saia de casa com o pé direito, só cortava o cabelo durante a lua cheia, pendurava no pescoço amuletos e fazia inscrições mágicas nas paredes de sua casa para garantir a proteção dos deuses.
Para espantar os fantasmas que assombravam a sua moradia o proprietário levantava-se à meia noite andava descalço por toda a casa, fazendo estalar o dedo médio da mão. Ao mesmo tempo, colocava as vagens pretas na boca e as lançava, uma a uma, por toda a residência dizendo: “Aqui tens o que te dou: por essas vagens me resgato” (dizem que os fantasmas apanhavam as vagens e iam embora). Ora, quem assim agia senhores, não era só o pobre ignorante, aquele que a miséria e a ignorância o conservavam na superstição, mas também o patrício, o nobre, o poderoso, esse patrício que era guerreiro, magistrado, cônsul. Ora, observa-se que a religião estava intrínseca a todas as classes sociais de Roma.
Relevo de mármore mostrando a preparação de um sacrifício
Tanto no culto público quanto no privado, o sacrifício consistia na oferenda de determinada matéria alimentar. Cereais, uva, vinho e principalmente vítimas animais. Efetuavam-se libaçõespreliminares sobre o lar portátil (foculus), que representava ofoculusdo sacrificante, e situava-se em frente ao templo, ao lado do altar [4]. A parte reservada aos deuses (fígado, pulmão, coração e alguns outros pedaços) era queimada sobre o altar. A carne era consumida pelo sacrificante e por seus companheiros no culto privado, e pelo corpo de sacerdotes nos