A importância da leitura

Referencial Teórico

Durante muitos anos foi adotada por várias escolas a prática tradicional de alfabetização em primeiro aprende-se a juntar sílabas para formar palavras, juntar palavras para gerar frases,para só depois se ler efetivamente, não garantindo com isso o domínio da leitura e escrita. Desse modo, os alunos estão saindo da escola com o domínio das habilidades de codificação, mas são incapazes de ler e escrever funcionalmente os textos variados em diversas situações, tornando-se assim analfabetos funcionais. Para Solé (1998:32), “ analfabetos funcionais são pessoas que apesar de terem frequentado a escola e tendo apreendido a ler e a escrever, não podem utilizar de forma autônoma a leitura e a escrita nas relações sociais ordinárias”. A atividade de leitura e escrita está sendo caracterizada como uma atividade “sem gosto”, reduzida a um momento de treino de avaliação ou em oportunidades para futuras cobranças. Uma atividade incapaz de despertar no aluno a compreensão das múltiplas funções sociais da leitura e escrita. Conforme, Freitas (2003:23), enquanto o fora da escola é estimulante, atrativo, cheio de opções que de certa forma estão levando ao conhecimento á leitura e á escrita, o dentro da escola,ao contrário, é o reino da obrigatoriedade, do desinteressante, do instrumental”. Dessa forma, a escola ao se fechar para os interesses dos alunos e continuar tratando a língua como um conjunto de regras está insistindo numa leitura e escrita dela para ela mesma. A atividade de escrita nas escolas se respalda nas práticas das redações escolares normalmente realizadas sob nenhum pretexto, sem saber a quem se dirigir num tempo cronometrado, sob temas ligados aos interesses da escola, normalmente improvisada e sem outros objetivos a não ser o de simplesmente escrever, para obter uma nota. Na escola a escrita é imposta e,por isso, traz bloqueio e desinteresse. Fora dela torna-se algo prazeroso sem cobranças, sem cobranças, sem