A importância da infraestrutura para integração
Atualmente, a América do Sul exibe uma situação na qual a ausência de infraestrutura necessária e de serviços realmente eficientes representa grandes obstáculos para a implementação efetiva das políticas públicas que poderiam atingir com êxito as metas de desenvolvimento social e econômico, assim como o cumprimento dos objetivos de integração. A precária integração física do continente representa um dos principais empecilhos à inserção competitiva da região na economia internacional e não é condizente com os termos do Capítulo I, Artigo 1, do Tratado de Assunção, de acordo com os quais o Mercado Comum implica “a livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos entre os países, através, entre outros, da eliminação dos direitos alfandegários e restrições não tarifárias à circulação de mercadorias e de qualquer outra medida de efeito equivalente”.
Com isso a criação de eixos continentais de desenvolvimento abre o caminho para a inserção, na ordem mundial, de uma América do Sul mais simétrica, ao ser propiciadora da eliminação progressiva das desigualdades entre os países da região, para seguir o caminho rumo ao desenvolvimento integrador, sustentável e igualitário, é imprescindível considerar os efeitos virtuosos do desenvolvimento da infraestrutura e seus serviços como ferramentas indispensáveis para alcançar os grandes objetivos das nações. A integração regional e a promoção do desenvolvimento sustentável, prioritárias na atual política externa brasileira, têm por premissa a implementação de projetos conjuntos de infraestrutura física eficiente, competitiva e ambientalmente sustentável, imprescindíveis para incrementar o comércio na região e para aumentar sua participação no mercado internacional. Os desafios impostos pelos fenômenos da globalização e da regionalização pressupõem a adoção de visão integrada do espaço geoeconômico regional em contraposição às políticas centralizadas do passado, voltadas