A importancia da subjetividade infantil
Segundo Winnicott (1971), é através da brincadeira que a criança vai constituindo sua subjetividade. Conseguindo a elaboração do simbólico e do real, dois princípios fundamentais para sua estruturação psíquica saudável. No ato de brincar a criança modifica e é modificada pelo meio externo, e nessa troca ela vai se diferenciando desse meio e se reconhecendo enquanto sujeito singular. Brincar, então, estaria associado à criação, a possibilidade da criança como ser ativo nesse processo. Brincadeiras que possibilitassem o uso da imaginação e da ação da criança e sua relação com o outro, elaborando suas cognições e suas questões de ordem emocional.
Segundo Rohenkohl (2002), A criança necessita da brincadeira para o alívio de suas angústias e para as elaborações de atividades neuropsicomotoras. É através do brincar que a criança conquista suas aquisições cognitivas, emocionais e motoras. Um pouco mais adiante a criança utilizará as regras de determinadas brincadeiras, as quais serão estabelecidas para o brincar em grupo. Um aprendizado fundamental para as relações sociais.
Ainda segundo esta autora (Rohenkohl, 2002), o objeto da brincadeira deve possibilitar que a criança interaja com ele de forma criativa, exploratória, favorecendo suas relações com o corpo e a fantasia. “O lúdico funciona como um regulador da angústia, da separação, do crescer, da autonomia, dos limites, enfim, da constituição de uma criança num determinado mundo”. (p. 36)
Diante do que é apresentado como brincadeiras na atual sociedade, a criança em muitos momentos brinca através do olhar uma tela e apertar um botão, em movimentos repetitivos e isolados. Onde os valores passados, em sua maioria são o de destruir para poder vencer.
Para Benjamin (2002, apud Meira, 2003), a relação com o objeto da brincadeira influencia toda a dimensão imaginária e criadora da função do brincar. Atualmente a valorização de