A Implantação do Liberalismo em Portugal. Maria da Fonte e Patuleia
Introdução Na temática da “Implantação do Liberalismo em Portugal”, surgem conceitos estruturantes e nomes muito importantes na História de Portugal. Deste modo, irei inicialmente abordar uma breve contextualização e, posteriormente, o trabalho estará dividido em três partes principais: as Guerras Civis (da Patuleia e da Maria da Fonte); os regimes políticos (Vintismo, Cartismo, Setembrismo e Cabralismo) e, por fim, as figuras emblemáticas portuguesas características desta época (Mouzinho da Silveira, Ferreira Borges, Joaquim António de Aguiar, Sá da Bandeira, Manuel dos Passos e Costa Cabral).
Com este trabalho pretendo alargar os meus horizontes acerca desta época da História portuguesa, enriquecendo a minha cultura-geral com pessoas de renome, regimes políticos e guerras que me serão, com certeza, bastante necessários nesta minha caminhada pela História nacional. Espero alcançar os meus objetivos da melhor forma e que o trabalho seja frutífero.
Contextualização
No Portugal do Antigo Regime, as Invasões Francesas (1807-1811) deixaram profundas marcas, nomeadamente: a difusão dos ecos liberais; a desorganização económica; a instalação da Corte no Brasil; a entrega do Reino à “proteção da Inglaterra.
Toda esta conjuntura contribuiu fortemente para a Revolução Liberal Portuguesa que ocorreu na cidade do Porto, dia 24 de agosto de 1820. Aí se reuniam as condições ideais para levar a cabo este ato revolucionário que acabaria com a Monarquia Absoluta e criaria os mecanismos legislativos necessários ao fim do Antigo Regime e estabelecimento de uma Monarquia Constitucional. A reação absolutista não se fez esperar, surgindo assim situações de Guerra Civil (Patuleia e Maria da Fonte).
A ação do vintismo pautou-se pelo radicalismo, retirando privilégios à nobreza e ao clero e diminuindo fortemente as prerrogativas, isto é, os privilégios reais. Ao ódio dos partidários do Antigo Regime,