A Idéia de Átomo : da Grécia Antiga,aos tempos atuais
A ideia da existência de átomos remonta à Grécia antiga, onde Leucipo (480?-430 a.C.), Demócrito (460 -370 a.C.) e Epicuro (341-270 a.C.) argumentavam que a matéria seria constituída por átomos (palavra que significa, em grego, indivisível) e espaços vazios. Essa ideia, entretanto, não prevaleceu e ficou, de certa forma, marginalizada durante 2 mil anos. A concepção filosófica que prevaleceu até o século XVI foi proposta por Aristóteles (384-211 a.C.). Para esse filósofo grego, a matéria seria contínua. Assim, Aristóteles negava a existência de átomos e espaços vazios entre eles. Isso não significava que não admitia que a matéria poderia ser divisível. Na sua concepção de matéria, haveria um limite para essa divisibilidade, o que o levava a pensar na existência de partículas. Essa teoria das menores partículas – mínimas naturais, como eram chamadas por Aristóteles – não pode ser confundida com o atomismo de Leucipo, Demócrito e Epicuro. Para Aristóteles, as menores partículas seriam grãos de matéria, que exibiriam todas as suas propriedades – poderiam se dilatar, fundir-se etc. As partículas do ar não se dilatam quando aquecidas. A dilatação observada é consequência do aumento da separação média entre as partículas que compõem o material. Portanto, em um modelo atomista, nem todas as propriedades dos materiais podem ser atribuídas às partículas, como queria Aristóteles. Apesar de suas ideias terem sido marginalizadas por longo tempo, Leucipo, Demócrito e Epicuro estavam mais próximos da concepção que acabou prevalecendo na ciência moderna – a de que a matéria é constituída por átomos e espaços vazios. A partir do Renascimento, no século XVI, o atomismo foi retomado por uma corrente de pensamento que teria grande sucesso na Física: o mecanicismo, segundo o qual o mundo funcionava como uma grande máquina, precisa e exata. Gassendi (1592-1655) e Mersenne (1588-1648), filósofos que influenciaram Galileu, foram