A identidade e sua construção
CASTELLS (1999) entende por identidade como “o processo de construção de significado com base em um atributo cultural, ou também algo inter-relacionado, o(s) qual(ais) prevalece(m) sobre outras fontes de significado”.
A construção de identidades se dá através dos conceitos fornecidos pela história, geografia, biologia, instituições produtivas e reprodutivas, pela memória coletiva e por fantasias pessoais, pelos aparatos de poder e revelações de cunho religioso. Todos esses materiais são processados pelos indivíduos, grupos sociais e sociedades, que refazem seu significado em função de tendências sociais e projetos culturais enraizados em sua estrutura social, bem como em sua visão de tempo/espaço.
Damatta defende a origem da identidade estaria nos lugares da rotina de cada um, ou seja, a casa e a rua, devido às diferenças apresentadas por estas que “formam os espaços básicos através dos quais circulamos na nossa sociabilidade” (DaMatta, 1984:33). São nesses espaços que cada um leva sua vida cotidianamente que é criado uma espécie de “navegação social” com “modos de enfrentar essas contradições e paradoxos de modo tipicamente brasileiro” (DaMatta, 1984:97).
É através das relações de poder de uma determinada sociedade que a construção social de uma identidade ocorre e cada processo dessa construção leva a um resultado distinto no que tange à constituição da sociedade. (CASTELLS, 1999)
A respeito da construção da identidade na percepção social e seus elementos, Manuel Castells assegura que:
“Não é difícil concordar com o fato de que, do ponto de vista sociológico, toda e qualquer identidade é construída. A principal questão, na verdade, diz respeito a como, a partir de quê, por quem e para quê isso acontece. A construção de identidades vale-se da matéria-prima fornecida pela história, geografia, biologia, instituições produtivas e reprodutivas, pela memória coletiva e por fantasias e por fantasias pessoais, pelos aparatos de