A construção da identidade
CONSTRUÇÃO IDENTITÁRIA: PROJEÇÃO SIMBÓLICA
André Luiz Piva de Carvalho1
Resumo: A construção da identidade social se processa no âmbito das projeções simbólicas articuladas pelas práticas do cotidiano com exaltação das diferenças culturais dos grupos humanos que delineiam um mundo de “alteridades identitárias”, apesar de a força dos projetos totalizantes em função dos interesses econômicos decorrentes da globalização com interesse de homogeneizar as identidades, configurando a dialética que é contextualizada neste trabalho.
Identidades sociais têm suas bases conceituais e gênese epistemológica, naturalmente, como não poderia deixar ser, no foco da antropologia, com seus pesquisadores interessados nas investigações sobre as características comuns de indivíduos de determinada comunidade (usos e costumes, tradições, estilos de vida, estruturas familiares, miscigenações, comportamentos psicossociais, preferências artísticas e estéticas etc). Entretanto, a nossa proposta é tratar da questão em termos de “construção identitária”, no âmbito da visão multidisciplinar de estudos culturais, lembrando que a expressão “identitária” empregada neste estudo não faz parte do vocabulário da língua portuguesa, por isso sua grafia entre aspas, numa prática de neologismo, procurando exprimir nossa concepção particular do tema, assim como também faremos com a expressão “identidaridade”2. Foi a solução que encontramos para definir precisamente a proposta de tratar de construção identitária a partir, sim, de bases conceituais inerentes a identidades sociais, considerando as características comuns de indivíduos de determinada comunidade (usos e costumes, tradições, estilos de vida, estruturas familiares, miscigenações, comportamentos psicossociais, preferências e vivências artísticas e estéticas etc), porém juntando tais fatores