A identidade cultural na pós-modernidade
1ª parte: apresentação objetiva das ideias do autor
Resumo:
Segundo Hall, as velhas identidades que por algum tempo estabilizaram o mundo social estão em declínio, fazendo surgir novas identidades e fragmentando o indivíduo moderno, até aqui visto como um sujeito unificado. Tendo em vista que estamos vivendo diversos conflitos de identidade cultural na modernidade, Hall faz concepções e traz indagações acerca do tema abordado. Destarte, o autor diferencia três concepções da identidade individual, de acordo com o período histórico e o ramo do conhecimento implícito.
Primeiro, o “sujeito do Iluminismo”, visto como um indivíduo unificado e plenamente dotado do senso de razão, decisão, consciência e ação. A racionalidade é vista como o centro essencial da identidade de uma pessoa: todo indivíduo utiliza meios para atingir seus interesses individualmente estabelecidos.
Segundo, o “sujeito sociológico”, definido pelas relações de cada indivíduo com o seu meio social, de acordo com a interação com outras pessoas. Isto é, a personalidade de cada sujeito é definida pela interação com a sociedade; cada indivíduo tem uma essência interior, mas esta é continuamente afetada e alterada pelas suas relações com o mundo exterior.
Terceiro, o “sujeito pós-moderno”, visto de acordo com a negação de que as pessoas tenham uma essência individual interior unificada. Isto é, o sujeito tem não uma única, mas sim uma grande variedade de identidades pessoais, e muitas delas podem ser contraditórias umas com as outras, ou mesmo mal resolvidas.
A modernidade diferentemente das sociedades tradicionais que veneram e transmitem o passado a cada geração, caracteriza-se pela mudança e deslocamentos. Esta é a principal distinção entre as sociedades “tradicionais” e as “modernas”. A modernidade, em contraste, não é definida apenas como a experiência de convivência com a mudança rápida, abrangente e continua, mas é uma forma