A idade média
O presente estudo, portanto, foi realizado com o intento de se analisar qual foi a importância do exercício da ciência na Europa cristã no perído denominado Alta Idade Média. O primeiro subtítulo é abordada a questão da passagem de conhecimentos que já vinham sendo desenvolvidos nos séculos passados. Não se tratam apenas de noções referentes às ciências naturais, mas de toda a área do conhecimento. Na segunda parte é levantado o aspecto das condições em que o conhecimento dessas “artes liberais” pagãs poderia ser requisitado. Por fim, quais foram as consequências na prática para aquela sociedade de uma ciência condicionada.
Nas considerações finais, foi traçado um paralelo entre o papel da ciência aqui analisado e o da sociedade de hoje, sendo esse talvez o aspecto mais importante de toda pesquisa histórica: levantar questões proporcionando uma crítica radical da sociedade moderna.
A penosa sobrevivência do conhecimento A instalação dos bárbaros constituiu uma grande ameaça a todo o acervo de herdada da Antiguidade. De fato, muito se perdeu de todo o conjunto de obras científicas e filosóficas com as invasões. Some-se a isso, a condenação de toda a cultura pagã da Antiguidade por parte da religião cristã. Nesse ponto, acontece um interessante paradoxo, pois apesar dessa aversão à cultura antiga, o cristianismo está bastante impregnado da mesma, afinal, foi nesse meio que se formou essa nova e poderosa crença. “Mesmo os mais ‘cultos’ entre os Padres da Igreja, os mais fiéis herdeiros do pensamento e da arte clássicos, Santo Agostinho[1], por exemplo, concordam com a reação espontânea dos simples e dos ignorantes para condenar a