A hora do "senhorio" - as relações na sociedade feudal

835 palavras 4 páginas
A “honra” do Senhorio

O termo “Feudalismo” é um termo contemporâneo, utilizado para designar aspectos políticos e econômicos a partir do século IX. Segundo os conceitos de Marc Bloch em sua obra “Sociedade Feudal” entre os séculos IX e XI, a sociedade era baseada nas relações entre os vassalos ao meio rural e entre os séculos IX e XIII, caracterizou-se pelo conjunto de direitos e obrigações, onde o senhor das terras é quem comandavam as ações em suas propriedades. São as chamadas “relações feudo-vassálicas”, principalmente pelos defensores das teses mutacionistas.
Há várias teses e linhas de pensamento sobre as relações econômicas e sociais denominadas “feudalismo”, ou “beneficium”. “A vassalidade é habitualmente considerada um dos traços mais característicos da sociedade medieval. Entretanto, ao contrário das visões clássicas, que faziam das “instituições feudais” um sistema homogêneo e bem estruturado, tende-se hoje, a restringir a importância do feudo e do laço vassálico, que dizem respeito a uma proporção ínfima da população (1% ou 2%). Não se pode, entretanto, subtrair toda a importância da relação vassálica, que formaliza entre os dominantes, um laço de home para homem, entre um senhor e seu vassalo” (BASCHET 2006). A vassalagem é originada nos costumes antigos e ganha força a partir do século XI, através de um “juramento de fidelidade que sacraliza e explicita os laços. O vassalo deve a partir daí servir o seu senhor. Em troca, ele espera proteção” (FAVIER 2004).
A Carta de Eudes II de Blois ao rei Roberto II, retrata uma questão de aspecto jurídico conforme as características das relações vassálicas. O Conde Eudes II, tenta proteger o “poder e o domínio sobre uma região inteira, que desde 877 ofuscava o poder real” (BARTHÉLEMY 2010). O documento apresenta uma série de características, onde a relação entre o conde e o rei, apresenta os aspectos do senhorio e a característica do “benefícium”. No documento, ele mostra como funcionava a justiça. No trecho

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