¬ A homossexualidade em prisões femininas
Bianca Grabicoski (IVC-UNICENTRO) Rafael Siqueira Guimarães (Orientador), e-mail: rafaorlando@gmail.com.
Universidade Estadual do Centro Oeste/ Departamento de Psicologia/ Irati, PR
Ciências humanas – Psicologia
Palavras-chave: prisões, sexualidade, estigma.
Resumo:
O presente trabalho irá discutir como se dá a sexualidade das mulheres que estão encarceradas. Discutiremos sua estigmatização e sobre a possível homossexualidade, discutindo se já tiveram a experiência ou como se sentem em relação ao assunto.
Introdução
“A interpretação sociológica mais simples do indivíduo e do seu eu é que ele é, para si mesmo, aquilo que seu lugar numa organização o define que seja.” (GOFFMAN, 2008, p. 258). Sendo assim o sujeito se faz através das normas e dos regimentos das instituições e da sociedade a qual pertence, fazendo-se então parte integrante destas. “Nosso sentimento de ser uma pessoa pode decorrer do fato de estarmos colocados numa unidade social maior; nosso sentimento de ter um eu pode surgir através das pequenas formas de resistência a essa atração” (GOFFMAN, 2008, p. 259). O que acontece é que as instituições totais causam uma ruptura na maneira de vida das pessoas que ali vivem, causando conflitos no eu destes indivíduos, pois estes passam a ter sua rotina e modo de vida inteiramente modificado ao entrar em um presídio.
Para Goffman (2008) instituições totais seriam estufas para mudar pessoas, sendo que criam uma barreira com o mundo externo. “Essa barreira que as instituições totais colocam entre o internado e o mundo externo assinala a primeira mutilação do eu.” (GOFFMAN, 2008, p. 24). O novo internado então passa por mudanças radicais em sua vida, pois tem sua liberdade retirada, sua decisão perante o seu corpo, sem contar que a vida intima nestas instituições se reduzem a existência mínima. (GOFFMAN, 2088, p. 64)
Além de todas essas mudanças uma pessoa quando entra em uma instituição total como está,