A homilia

Semana de Liturgia – Paróquia São Paulo Apóstolo (03 a 07/12/2012)
1º dia: Espiritualidade e Liturgia
Eurivaldo Silva Ferreira (org.)
Na raiz da questão da espiritualidade
Em nosso cotidiano há manifestações que reagem àquilo que é material. Essa reação busca um sentido espiritual para o encontro com o divino, isto, transcender. Beber desta fonte é a busca de cada um/a de nós. A esta fonte nós chamamos de espiritualidade. Como fazemos para buscá-la nós a chamamos de mística. Ela se dá num caminho de amor. A mística então consiste na expressão da busca. A mística tem sua manifestação no pertencer a uma comunidade (mística judaica), portanto se manifesta na coletividade, na pertença. A espiritualidade é a fonte da mística.
Num sentido mais estrito, podemos dizer que espiritualidade é a maneira como direcionamos a vida no Espírito. Ela brota do encontro com o Senhor na liturgia, expande-se na oração pessoal e expressa-se na vida pessoal, no trabalho, nas relações humanas, na organização da vida em sociedade. Nesses lugares a espiritualidade se traduz em qualidades que geram atitudes místicas e experienciais em nós. Na base de toda espiritualidade autêntica está a Palavra de Deus.
Liturgia e espiriritualidade
Na Igreja, há um lugar proposto para se buscar e se viver uma espiritualidade, tendo como raiz a mística da pertença à comunidade de fé: a Liturgia. Ela é o espaço pelo qual o ser humano marca sua vida pela ritualidade, pela repetição das ações sagradas, por um modo de (re)ligar-se com o divino. A partir da liturgia apreendemos as atitudes do cotidiano, procurando tornar o mundo mais próximo da realidade do Reino.
Na liturgia passamos por um processo compreendido por três fases: a admiração, o encanto e o êxtase (compreensão extática da liturgia), daí podemos falar de uma mística litúrgica ou sacramental. A espiritualidade litúrgica é manifestada pela mediação e pelos símbolos.
Os símbolos são “sinais sensíveis” de nosso cotidiano, de