A história de nós dois Reflexão Terapia Familiar
O filme retrata a história Ben, Katie e seus filhos.
O casal mantinha um relacionamento há 15 anos. No entanto, como mostra no filme Ben e Katie, com o decorrer dos anos passaram a apenas morar na mesma casa e viver em função dos filhos, abandonando seus papéis conjugais. Esta característica de fronteira familiar é chamada pela abordagem estrutural de família aglutinada, pois as fronteiras entre os membros são difusas, fracas e de fácil travessia, ocasionando assim um funcionamento inadequado das tarefas a serem executadas pelo subsistema do casal.
O casal nem sempre viveu deste modo, pois através de imagens do passado é possível perceber que eles se apaixonaram, ficaram felizes por casar, ter e criar seus filhos.
A problemática se estabelece quando as diferenças entre ambos, atreladas com as responsabilidades e mágoas com o decorrer do casamento, se sobressaem. Desta forma Katie se centra nos aspectos negativos de Ben, como sua postura mais desprendida em encarar a vida; e Ben centra-se no modo mais crítico e responsável de Katie.
De acordo com a abordagem estrutural todas as famílias enfrentam situações que provocam estresse no sistema, e passam por estágios transicionais com as exigências do casamento, como adaptação mútua para lidar com a nova vida cotidiana e ajustes às expectativas e desejos do outro, além da determinação de fronteiras entre os membros do casal e definição de fronteiras que os separam de suas famílias de origem e do mundo exterior em geral. No caso de Katie e Ben, eles por possuírem uma estrutura inflexível quanto a adaptação e amadurecimento destes desafios e fracassarem diversas vezes em tentativas de readaptação, feitas através de viagens, acabaram por desenvolver uma disfunção familiar e transtornos de comportamento.
Esta inflexibilidade quando a adaptação a mudanças pode ser vista também na abordagem do grupo de Milão, que diz que quando os membros se comportam desta maneira, acabam por limitar o crescimento