A História das Mentalidades
A História das Mentalidades
“[...] em certo nível de profundidade e de generalidade, a natureza humana não muda.” Mas a mentalidade humana sim. P.153
“O fato de não podermos mais nos comportar hoje com a mesma boa fé e a mesma naturalidade de nossos dois príncipes do século XVI, nas mesmas situações, indica precisamente que interveio entre elas e nós uma mudanças de mentalidade. Não é que não tenhamos mais os mesmos valores, mas que os reflexos elementares não são mais os mesmos. Eis mais ou menos o que entendemos, a partir de Lucien Febvre, por “atitudes mentais”. P.154
“[...] a história das mentalidades não é mais nova. Ela nasceu logo após a Primeira Guerra mundial num grupo de historiadores como os franceses Lucien Febvre e Marc Bloch, o belga Henri Pirenne, geógrafos como A. Demageon, sociólogos como L. Lévy-Bruhl. M.Halbwachs, etc., grupo esse que inspirou, a partir de 1929, os famoso Annales d’historie économique et sociale. Costuma-se dizer a “escola dos Annales”. P.155
“[...] nessa primeira geração dos Annales, o compartimento das mentalidades ainda não estava bem separado do da economia, ou do socioeconômico. Os dois juntos constituíam a história total, ou que se pensava ser total.” P.156
A segunda geração [...] ela preteriu grande parte do que, em M. Bloch e L. Febvre, extrapolava o social no que tange ao imaginário, à psicologia coletiva, ao cultural.” P.157
“[...] um dos avatares da história econômica, tal como era tradicionalmente concebida na França, devia reintroduzir os fenômenos de mentalidade na grande problemática. É a história demográfica. [...] os autores dessas monografias logo foram levados a consagrar uma parte considerável de suas pesquisas ao movimento das populações e a estudar detidamente as relações entre a população e os alimentos, a fome e as epidemias. [...] a história