A história da cultura, um breve relato
Teorizar sobre a cultura não é uma tarefa fácil, o principal motivo é relativamente óbvio, a amplitude do tema e, portanto, a enorme gama de recortes e perspectivas possíveis que envolvem a própria definição do conceito de cultura.
Entretanto, a cultura transformou-se na categoria chave para a compreensão do mundo contemporâneo, tendo em vista que as esferas social, política e ideológica estão emaranhadas ao seu modo primário de representação.
A história cultural observa desde as imagens que o homem produz de si mesmo, da sociedade em que vive e do mundo que o cerca, até as condições sociais de produção e circulação dos objetos culturais e seus mecanismos de recepção. A história da cultura constitui um campo interdisciplinar, comportando inúmeras abordagens a partir de suas múltiplas dimensões; pensando no entendimento da realidade contemporânea permeada pelas matrizes culturais, que geram as práticas sociais e os comportamentos, que dão coesão e explicação para a realidade. Geram identidade tanto para o indivíduo quanto para o grupo e são portadoras do simbólico, que é construído social e historicamente. Assim, o conceito de história da cultura é extremamente maleável, não podendo ser diferente diante do fato de que a cultura encontra-se em eterna transformação, constantemente se adaptando as novas circunstâncias.
Para entendermos os valores, a cultura do mundo ocidental contemporâneo, precisamos fazer um percurso de volta à nossa ancestralidade; então vejamos. O conhecimento que adquirimos da cultura grega, tem como principal legado a racionalidade, que estava associada ao misticismo, ao raciocínio matemático e a filosofia. Assim como a literatura, o ideal de herói, a astronomia e a medicina. Na realidade, o pensamento social do Ocidente se inicia com a meditação intelectual e pelo impacto da guerra sobre a comunidade familiar dos atenienses. Uma vez que a organização social grega, tinha como base a família