Iluminismo
2. Situação: temporal e/ou sócio-ideológica e cultural Situação temporal e/ou sócio-ideológica: O século XVIII é conhecido como o século pedagógico por excelência. O primeiro plano nas preocupações dos reis, pensadores e políticos é ocupado pela educação. Surgem duas das maiores figuras da pedagogia e da educação: Rousseau e Pestalozzi. Desenvolve-se a educação pública e inicia-se a educação nacional. O iluminismo é uma corrente de pensamento, dominante no século XVIII, especialmente na França. A sua principal característica é creditar à razão a capacidade de explicar racionalmente os fenómenos naturais, sociais e a própria crença religiosa. A razão humana seria então a luz, capaz de esclarecer qualquer fenómeno. Representa a hegemonia intelectual da visão de mundo da burguesia europeia e, assim, rejeita as tradições e ataca as injustiças, a intolerância religiosa e os privilégios típicos do Antigo Regime, abrindo caminho para a Revolução Francesa. Tem início no Renascimento, com a descoberta da razão como chave para o entendimento do mundo, e o seu ponto alto no século XVIII, o Século das Luzes, difundido nos clubes, salões literários e nas lojas maçónicas. Fornece o lema principal da Revolução Francesa: “Liberdade, igualdade, fraternidade”. O iluminismo surge numa época de grandes transformações tecnológicas, como a invenção do tear mecânico, da máquina a vapor, entre outras. É o período que marca o fim da transição entre feudalismo e capitalismo. Uma das pessoas mais influentes foi Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), como já foi supramencionado. Rousseau nasceu em Genebra, na Suíça, mas muda-se para a França. É considerado o iluminista mais radical, precursor das ideias socialistas – ao contestar a propriedade privada – e do romantismo – ao afirmar o primado dos sentimentos sobre a razão. Na sua obra mais conhecida, “O contrato Social”, é defensor de um Estado voltado para o bem comum e a vontade geral,