A historiografia da escravidão
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A historiografia da escravidão aponta controvérsia dos próprios historiadores, com interpretação diferente do acontecimento, me espanta o fato ocorrido com a etnia negra, em especifico no Brasil do século XVI ao XIX, onde a mão de obra escravista fazia parte da economia, tanto na Europa como nas Américas. Lendo sobre o acontecido fico indignado que até o inicio do século XX, a escravidão não tinha importância nos livros de história, tratado com desprezo e preconceito pelos historiadores e escritores. O historiador e escritor brasileiro Francisco Adolfo de Varnhagen, mostra todo seu preconceito e desprezo em relação aos africanos, Varnhagen não só desvaloriza o negro como ignora a escravidão no Brasil, para o mesmo, os cativos fizeram muito mal ao país trazendo seus costumes que no seu ponto de vista são repugnantes. Em seus livros, História Geral do Brasil (1854-57) que contém quase mil páginas Varnhagen foi “forçado” a dar um pequeno destaque aos cativos africanos, e enfatizar a colonização portuguesa e sua coroa, deixando bem claro seu ponto de vista sobre o assunto. (REIS: 2003, P.31) Ao contrario de Varnhagen, o escrito e historiador Gilberto Freyre tinha outra visão dos afrodescendentes, falando de uma provável relação entre as duas etnias dando a entender que existia uma ternura entre os senhores e os cativos “domésticos” (apud QUEIROZ: 1998, p.103). Poderia te existido essa união? Sim, porém é difícil acreditar levando em consideração os relatos históricos, de como os africanos eram retirados das suas terras, muitas vezes eram trocados e vendidos pelo seu próprio povo, e nos navios negreiros em condições desumanas eram transportados para o Brasil, para serem vendidos como mercadoria. Muitos escravos entendiam sua realidade de cativo como “fato” e aceitavam sua atual situação, e reivindicando melhorias e condições de trabalhos acabavam “estipulando” a sua submissão em troca de uma condição de vida melhor, e acabavam se acomodando as