A historia do renascimento
Atualmente, fazem-se sérias reservas à opinião dos renascentistas, pois o que afirmaram ser radicalmente novo era uma continuação da cultura que vinha se desenvolvendo desde os fins da Baixa Idade Média. E seria um claro exagero concordar com sua afirmação de que a Idade Média não passou de uma Idade das Trevas ou da Longa Noite de Mil Anos.
A propósito, deve-se notar que a preocupação em ver a História com um juízo valorativo permanece em muitos historiadores contemporâneos, os quais esquecem que nada é inteiramente novo e que as manifestações humanas precisam ser analisadas dentro da realidade de sua época.
Os elementos mais importantes do Renascimento eram: a valorização da cultura greco-romana, como paradigma no plano intelectual e artístico; a glorificação do homem, o qual foi colocado no centro de tudo (antropocentrismo); a busca de um padrão intelectual que transcendesse as fronteiras nacionais (universalismo); a importância da Natureza e de seus fenômenos; o racionalismo e o espírito crítico, que se traduziram na adoção da observação e de métodos experimentais. O racionalismo é um marco histórico característico do Renascimento, embora não seja exclusivo dele.
O movimento renascentista pode ser dividido em duas vertentes: o Renascimento civil e o Renascimento cortesão. O primeiro estava ligado às cidades republicanas da Itália, dirigidas pela alta burguesia e pela nobreza mercantil. Os temas eram mais relacionados com