A historia do metodo em urbanismo
A HISTÓRIA E O METÓDO EM URBANISMO
Françoise Choay* A Revolução Industrial foi decisiva para as transformações tecnológicas, econômicas e demográficas das cidades. Mas algum tempo depois as mudanças provocadas pela revolução industrial nas cidades passam a ser percebidas como problemas.
A palavra urbanismo surgiu na segunda metade do século XIX. O urbanismo foi criado a partir de dois tipos de modelos, consequentes em duas ideologias. Os dois grandes modelos de planejamento são chamados de progressista e culturalista.
O modelo progressista possui como valores essenciais à higiene e a produtividade, onde o espaço é fragmentado e sem limites, classificado, estandardizando e geometrizando. Foi-nos legado por Fourier e Owen e seus discípulos.
No modelo culturalista o espaço é circunscrito, continuo, diferenciado e fechado. O culturalista é tributário do pensamento de Ruskin e de William Morris.
Urbanistas culturalista e progressistas diferem em relação à história. Os urbanistas culturalistas recorriam à história para reconstruir seu modelo. Já os urbanistas progressistas recusavam qualquer herança artística do passado.
Camilo Sitte (1843-1903), o precursor do urbanismo culturalista, era arquiteto e historiador da arte. Dedicou-se a analisar e executar levantamentos de planos urbanos antigos. Concebendo o espaço urbano como um continente.
Lewis Munford sua ação sobre o urbanismo se dá de forma crítica visando às obras do urbanismo progressista, apoiando-se em uma história geral e estrutural. Analisou o espaço das cidades barrocas na sua relação com as transformações do poder político e da tecnologia. A atitude progressista colocou-se como ruptura com o passado e reconhecimento da irredutibilidade do presente.
Cerda como progressista, foi o primeiro a adotar, como critério de classificação das formas urbanas, a natureza do movimento, a propor a adoção de uma nova terminologia para designar os novos elementos do urbano. Entretanto, Cerda