História da arte como história da cidade - argan
O Livro História da Arte como História da Cidade foi escrito pelo renomeado Giulio Carlo Argan, nascido na Itália, em Turim, no ano de 1909, e faleceu em Roma, em 1992. Aluno do crítico e historiador da arte Lionello Venturi, destacou-se internacionalmente a partir da década de 30 com estudos sobre a arte medieval e renascentista (L'architettura preromanica e romanica in Italia, 1936; L'architettura del Due e del Trecento in Italia, 1937). Carlo Argan também publicou numerosas monografias e coletâneas de ensaios, entre elas o livro aqui resenhado, História da Arte como História da Cidade. Político, elegeu-se prefeito de Roma em 1976, e senador em 1983, pelo Partido Comunista Italiano. Seu último trabalho foi Michelangelo architetto (1990). Neste livro, o autor procura reafirmar a analogia entre cidade e arte. Estabelece uma grandeza de espaço e tempo que relata a própria cidade e deixa claro as tradicionais indagações a respeito da história da arte e do urbanismo. Aqui serão resenhados quatro capítulos: Cidade ideal e cidade real (cap. 2, página 73); O tratado "De re aedificatoria" (cap. 5, página 105); Urbanismo, espaço e ambiente (cap. 14, página 211) e por fim O espaço visual da cidade (cap. 15, página 225) No capítulo Cidade ideal e cidade real, Carlo Argan traz relações entre a arte e o renascimento. Ele explica que na época do renascimento surgiu a concepção de cidade ideal, que deveria ser arquitetada por um único profissional, como sendo uma obra de arte. Porém, a cidade ideal também é tratada pelo autor como um módulo, que é mutável mas a sua essência permanece a mesma. Ele também esclarece que antes de considerar a cidade como categoria estética, é necessário relacioná-la as técnicas construtivas, mas enfoca que não se trata apenas o resultado dessas técnicas e sim a conversão destas, estabelecendo a realidade da cidade. O autor ainda debate o conceito de "centro histórico",