A historia da Arte - Introdução Gombrich
HISTÓRIA DA ARTE
Nada prejudica a ninguém dar o nome de arte a todas as atividades, como os homens que modelavam as formas de um bisão na parede da caverna ou hoje em dia em que alguns compram suas tintas e desenham cartazes para os tapumes, desde que se conserve em mente que tal palavra pode significar coisas muito diversas, em tempos e lugares diferentes.
Para Gombrich não existiam quaisquer razões erradas para se gostar de uma etátua ou de uma tela.Alguém pode simplesmente gostar de uma certa paisagem porque ela lhe recorda a terra natal ou de uma retrato porque lhe lembra um amigo.
Muitas pessoas apreciam ver em quadros o que também lhes agradaria na realidade.
De fato não existe nada de errado nisso. E não apreciar uma obra pelo simples fato de você não gostar do tema que ela retrata nos torna preconceituosos.
A beleza de um quadro não reside realmente na beleza de seu tema, os padrões de beleza variam muitíssimo.
Ocorre também que a beleza também é válido para a expressão, como amiúde é a expressão de uma figura no quadro o que nos leva a gostar da obra ou detestá-la. Algumas pessoas preferem uma expressão que elas entendam com facilidade.
Como exemplo ele da o retrato de Guido Reni, que retratou a cabeça de Cristo na cruz. Nela ele pretendia, que o espectador visse toda a agonia e toda a glória da Paixão. Mesmo que toda aquela expressão cative, não deve-se desprezar obras cuja expressão talvez seja menos fácil de entender. Podemos até preferir obras com expressões menos óbvias do que a de Reni, como do artista Italiano da Idade Média, que pintou o crucifixo , que certamente alimentava sentimentos sinceros sobre a Paixão.
Poucas palavras e gestos, podem deixar algo a ser adivinhado.