A Hist Ria Dos Munic Pios Do Par
O local já fora assinalado com destaque em 1637, quando Pedro Teixeira, em sua pioneira expedição fluvial subindo o Amazonas até atingir a confluência do Napo, fez registrar sua observação de que, naquele ponto, o rio diminuía sua largura, passando apertado em uma garganta de terra.
Bento da Costa, o arguto piloto da expedição de Teixeira, incumbido do relato dos principais acidentes geográficos nessa viagem pelo grande rio, objetivando ultimar a documentação cartográfica da legendária expedição, fez a seguinte observação, recolhida pelo Padre Jesuíta Alonso de Rojas e citada por Arthur Cezar Ferreira Reis em sua História de Óbidos: "O piloto-mor, principal descobridor deste rio, diz que convém muito que S. M. mande edificar no lugar estreito, já assinalado, e ponha nele guarnição para impedir a passagem do inimigo holandês, para que não suba o rio e se apodere das suas províncias. Porque como a navegação é sem perigo, manso o rio, abundantes os mantimentos e os índios pouco belicosos, será fácil ao inimigo navegar este rio e aproveitar-se das riquezas e frutos da terra".
Coube ao Superintendente das Fortificações Manoel da Mota Siqueira, construir em taipa de pilão o referido Forte, sobre a alta ribanceira à margem esquerda do Amazonas, artilhado com quadro pequenas peças, à guisa de garantir a soberania de Portugal naqueles ermos da floresta, ficando o mesmo, depois de pronto, conhecido pela denominação de Forte de Pauxis, em homenagem aos índios