A hist ria da tuberculose
No mundo A tuberculose (TB) não tem bandeira, uniforme ou pátria. Acompanha o homem há muito tempo, talvez até, desde a época em que ele passava à condição de bípede. Existem relatos de evidência de TB em ossos humanos pré-históricos encontrados na Alemanha e datados de 8.000 antes de Cristo (AC). A TB de coluna vertebral e de ossos também já foi encontrada em esqueletos egípcios de 2.500 AC. Apesar da descrição clínica da forma pulmonar poder ser confundida com outras doenças, documentos antigos hindus e chineses já descreviam quadros de uma doença pulmonar muito semelhante a TB. À medida que as tribos diminuem seu caráter nômade, criando aglomerados e aldeias, a doença (provável tuberculose) passa a ser mais citada e conhecida. Por ser a TB transmitida de pessoa para pessoa por via aérea (contágio ocorre através do ar), quanto maior o número de pessoas em áreas fechadas, maior a possibilidade de contaminação. Em várias civilizações antigas, os males, entre eles a TB, eram considerados resultado de castigo divino. Coube a Hipócrates, na Grécia em XXX AC, o entendimento de que a TB era uma doença natural e que, pelo seu caráter de esgotamento físico, passou a denominá-la de Tísica (do grego phthisikos, ou seja, que traz consumpção). Entre os romanos a TB era relativamente comum e citada nos escritos de Plínio, o Velho, de Galeno e de Areteu da Capadócia (do tempo de Imperador romano Nero, mais conhecido por sua lendária atuação no incêndio de Roma). Nesta época foram descritos os hábitos tísicos e as possibilidades de cura por repouso e climas melhores, assim como foi sugerido tratamento para os sintomas, que também foram estudados nas escolas médicas árabes nos séculos seguintes. Enquanto os povos aumentavam seus domínios com as guerras, levavam ou entravam em contato com o bacilo da TB. Assim, a doença prosseguiu se espalhando mundo afora, mercê conseqüência das conquistas e da miséria que e guerra trazia. Isto deve explicar,