A guerra no Camboja
Esse país passou pela conjuntura revolucionária da Guerra Fria, evidenciando-se a presença de forças favoráveis aos norte-americanos e aos soviéticos. Já na época da independência, o príncipe Norodom Sihanuk procurou manter-se neutro em relação à Guerra do Vietnã, atitude que não agradou aos Estados Unidos. Por esse motivo, o príncipe foi deposto em 1970 e em seu lugar assumiu um governante de confiança dos norte-americanos. A resistência, então, organizou-se, reunindo comunistas e adeptos do príncipe Norodom, formando a Frente Nacional da Kampuchea (FUNK).
A rebelião estendeu-se por grandes áreas do Camboja, onde se registrou interferência norte-americana, em maio de 1970. Entretanto, protestos realizados pela população norte-americana no interior do território de seu país obrigaram o invasor a abandonar o local. Contudo, a ajuda dos Estados Unidos continuou em forma de bombardeios às regiões ocupadas pelos guerrilheiros. Não obstante, em abril de 1975, o Khmer Vermelho (nome da oposição liberada por Sihanuk) tomou o poder, instalando a República Democrática da Kampuchea. O projeto político não se efetivou devida às diferentes facções, surgindo a liderança de Pol Pot em oposição à anterior. Novos e violentos conflitos, envolvendo a população urbana, trouxeram a morte de muitos e a aproximação da China à revolução. Em 1978, a Frente Unida para a Salvação de Kampuchea iniciou sua luta, culminando com a deposição de Pol Pot em 1979.